terça-feira, 2 de junho de 2009

Assédio Moral versus Saúde do Trabalhador

Você já sofreu Assédio Moral?
Senão, vejamos!

O assédio moral estará caracterizado quando o trabalhador, em qualquer circunstância, se sentir ofendido, inferiorizado, constrangido ou inútil. A humilhação causa-lhe dor, tristeza e sofrimento.
Para que se caracterize, o assédio moral tem que se manifestar de forma repetitiva e prolongada. Trata-se de uma continuada relação desumana e anética, desestabilizando a vítima no ambiente de trabalho, forçando-o a desistir do emprego.
Distingue-se por um estado de degradação deliberada das condições de trabalho, fazendo o empregado perder a autoestima. O assédio moral tem como pressuposto a temporalidade repetitiva, a intencionalidade e direcionalidade para determinada pessoa.
Para qualquer um, ser útil é fundamental. Ou melhor: Sentir-se Útil!!! É de extrema importância estar inserido na Organização.
Se houver necessidade, ele quer ser julgado pelos “pares”, ou seja, aqueles que têm a mesma capacidade, mesmas experiências, mesmas funções, etc. Assim, a avaliação deve ser feita pelo “par” – este é quem deve julgar!
Sempre, todos buscam, de alguma forma, a originalidade para não se sentirem “invisíveis”; empenham-se em conseguir destaque. A condição de “invisível” leva ao anonimato e, conseqüentemente, ao sofrimento. Esta obsessão pode se tornar “patogênico”.
Façamos aqui uma reflexão: “Como deve ser a relação entre os pares e os patrões?”
Acredita-se que para o julgamento ser justo, deve-se criar uma relação de confiança entre as pessoas envolvidas. A justiça da avaliação estará consolidada, sem comprometimento, se não houver outros fatores que quebrem a confiança.
Hoje, pressupõe-se que a análise de rendimento de um trabalhador deve ser feita em 360º, para que o processo de avaliação, realizado no decorrer de um programa, vise aperfeiçoá-lo.
“Avaliação em 360º” requer o envolvimento patronal, dos pares, dos subordinados, das chefias e dos clientes, para evitar a subjetividade de uma só pessoa ou classe fazer um julgamento, culminando com a apreciação do grau de satisfação como um todo, e não apenas do trabalhador.
Infelizmente, como exemplo de assédio moral coletivo, podemos citar a automação dos bancos, através dos caixas eletrônicos. Há 10 anos, no Brasil havia 1.200.000 bancários; hoje, o sistema automatizado, quase sem a interferência do homem, demitiu cerca de um milhão de trabalhadores, dado que os novos mecanismos controlam seu próprio funcionamento, restando apenas 200.000 funcionários e um punhado de estagiários.

Erisvaldo Cavalcanti – em 30/05/2009.

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