Tony Di Morais e Stélio Torquato Lima
O vento
que sopra no roseiral
Traz um
cheiro suave de perfume,
Enquanto
um singelo vagalume
Me ilumina
com sua luz natural.
Sou
vaqueiro num aboio matinal,
Uma
paisagem do meu interior.
Qual
brisa que embala a fina flor,
Cruzo os ares,
em um voo mui extático,
À procura
de um método socrático
Que
desvende o sentido do amor...
Sou chama
que inspira um poeta
Dois
patinhos nadando na lagoa,
Um urubu,
um jumento e uma pavoa,
A saudade
que lhe deixa inquieta.
Sou as
barbas de molho do profeta,
Sou a luz
que guia na escuridão.
Um boêmio
tocando violão,
Uma rima
sem pé e sem cabeça,
Borboleta
colorida e travessa,
Automóvel
seguindo em contramão...
Sou
Sherlock, investigador bendito
Que ao
mistério dá pronta solução.
Sou luta
pela emancipação
De um
povo explorado e tão aflito.
Sou verso
de um poeta esquisito,
De Tróia,
sou cavalo de madeira,
Menino em
eterna brincadeira,
Sou
canção a saudar o sol poente
E o povo
cantando em tom plangente
La vem o
Brasil descendo a ladeira...
Um comentário:
Suas composições estão maravilhosas!
Parabéns, amigo!
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