A construção civil foi o setor que mais demitiu (sete mil postos), seguida pela indústria (duas mil vagas). Em contrapartida, seguiram contratando o comércio (mil postos) e os serviços (nove mil ocupações).
Para Ediran Teixeira, o trabalhador da construção civil foi o mais afetado pelo chamado “efeito inverno”. “Pedreiros e serventes, que trabalham, via de regra, como autônomos, não estão sendo demandados para serviços de reformas e reparos por conta das chuvas”, explicou. De fato, a pesquisa mostra que houve reduções do trabalho autônomo (1,3%) e nas demais ocupações (4,6%) — esta última mais representada pelo emprego doméstico.
O incremento das ocupações no setor de serviços, por sua vez, deve prosseguir, por conta da alta estação turística. “O setor de alojamento e hospedagem está se preparando para o período. Muitos pacotes foram vendidos e os hotéis devem seguir contratando para o mês de julho”, comentou Teixeira.
Ainda no tocante à posição na ocupação, o levantamento mostra que houve aumento de 1,7% do emprego assalariado, puxado tanto pelas vagas com carteira assinada (de 510 mil para 512 mil trabalhadores) quanto pelas informais (de 210 mil para 214 mil). “O próprio Caged mostra que, em abril, comércio e serviços passaram a contratar mais com carteira assinada”, reforçou Júnior Macambira, diretor do IDT.
A PED mostra, ainda, que no mês de março, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,7%, passando a R$ 779. O rendimento dos assalariados aumentou 2,5% (R$ 874) puxado pelo incremento nos ganhos tanto dos sem carteira assinada (4,6%) como dos trabalhadores celetistas (3,2%). o setor público foi o único que apresentou redução nos rendimentos (-2,2%), com salário real médio de R$ 1.938. Já os autônomos apresentaram pequena oscilação nos vencimentos, de 0,3%, alcançando o valor de R$ 500
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