Os conversores disponíveis no mercado só prometem alta definição. Software que possibilita interatividade ainda não é comercializado.
Pesquisadores e criadores do Ginga temem a comercialização exagerada de conversores sem este software, que permite a interatividade na TV digital. O Ginga ainda não foi produzido em escala industrial e o conversor que está à venda no mercado hoje só promete alta definição.
O professor Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), um dos criadores do Ginga, disse que a preocupação quanto a TV digital é fazer com que ela atinja as classes mais baixas da sociedade, D e E. A proposta é promover uma inclusão digital por meio da TV já que somente 25% residências brasileiras possuem computador, de acordo com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR.
Com a comercialização massiva de conversores sem interatividade, a proposta inicial da TV digital brasileira não se concretiza.
O Ginga é fruto do trabalho dos pesquisadores Luís Fernando Soares, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e de Guido Lemos, da UFPB. Outros pesquisadores espalhados pelo país também participaram do processo.
O modelo brasileiro de TV digital, diferentemente dos modelos americano, europeu e japonês, foi pensado para levar em consideração a interatividade. Esse modelo se adequa à realidade socioeconômica brasileira. Segundo Mauro Oliveira, doutor em Tecnologia da Informação (TI) pela Universidade Paris VI, o Ginga foi feito para provocar uma revolução no país.
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